Pesquisa revela critérios usados por jovens na escolha da empresa de seus sonhos
Pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens mostra que as escolhas dos entrevistados sofre influência de notícias, relacionamentos e região em que residem
De acordo com os resultados da 12ª Edição da Pesquisa Empresa dos Sonhos dos Jovens, realizada de março a abril deste ano pelas consultorias Cia de Talentos e Nextview People, a estatal Petrobrás mantém o primeiro lugar no ranking brasileiro em 2013. Ao analisar os resultados da pesquisa nas cinco regiões brasileiras em separado, porém, percebe-se diferenças entre as respostas dos 52 mil jovens, estudantes e recém-formados, entre 17 e 26 anos, sobre as empresas em que gostariam de trabalhar.
Tais diferenças são muito evidentes na  região Sul do País, onde os jovens apontam sonhar com quatro empresas  que possuem forte atuação regional: a Votorantim, em 8º lugar, a Gerdau,  que aparece em 10º lugar e tem sua sede no Rio Grande do Sul; a Volvo,  que ocupa o 3ª lugar e instalou sua primeira fábrica brasileira no ano  passado no Paraná, e o Grupo Boticário, em 5º lugar, que tem suas duas  fábricas também neste estado.
No Nordeste, a empresa "novidade" é  a petroquímica Braskem, que ocupa a 7ª posição nesta região. Já a  Procter & Gamble é mencionada tanto pelos jovens do Sudeste como do  Norte. Além de possuir seis de suas fábricas nos estados de São Paulo e  do Rio de Janeiro, a multinacional de bens de consumo tem aumentado sua  exposição como marca na mídia. Provavelmente, ter uma marca popular  também seja a razão que levou a Coca-Cola a estar na 10ª posição no  Norte. Vale observar peculiaridades como o fato de que o Google tem  menos destaque no Norte que em outras regiões do país.
Análise
A observação destes rankings provoca uma reflexão acerca de como este público avalia o que as empresas oferecem, ou seja, qual é o referencial que usam para formar suas opiniões. 23% destes jovens dizem que conhecem uma pessoa que trabalha ou trabalhou na empresa; 17% viram estas informações na imprensa ou blogs; 10% foram influenciados pelas redes sociais ou site da empresa; e, curiosamente, apenas 10% reconhecem que sua escolha é em razão dos produtos ou serviços. Estes critérios não variam regionalmente.
Os dados obtidos trazem à tona que se o jovem não encontra o que  deseja nas empresas da sua região, ele busca informações sobre outras,  sem preocupação com os limites estabelecidos pela geografia. E as redes  sociais são a porta de entrada das empresas para o universo onde esse  público está. É por este meio que os jovens se informam sobre todos os  assuntos: jornais, revistas, família, amigos, conhecidos, empresas. “Ao  invés de só propagar a marca da empresa nas redes sociais, é importante  buscar meios de gerar impressões positivas também como marca  empregadora. A informação é replicada sem fronteiras, tanto para  propagar o que é bom, como para o que não é”, explica Maíra Habimorad,  presidente da Cia de Talentos.
 
Por esta razão é que  possivelmente as opiniões dos jovens brasileiros estão cada vez mais  uniformes. Um bom exemplo é o desenvolvimento profissional, citado como  principal motivo para a escolha da empresa dos seus sonhos que constam  do ranking, inclusive regionalmente.  “Fizemos grupos focais e extraímos  da fala deles que desenvolvimento profissional é o recurso para se  tornar interessante para si e para o mercado. O jovem não quer mais  apenas garantir sua empregabilidade,  ele quer sentir-se em constante  evolução” conclui Maíra.
                            
